sábado, 21 de março de 2015

Professor Ronaldo de Moraes Batista - Matemática Turma 3º Ano do Ensino Médio (Noturno)

Objetivos da aula
·        Resolver problemas de contagem utilizando o princípio multiplicativo e noções de permutação simples.
·        Introduzir o Triângulo de Pascal e algumas de suas propriedades.
AULA – Princípio da Contagem
Tema da aula Geometria do Táxi – Contagem
- Apresentação dos objetivos da aula pelo professor
- Alunos conhecendo o material

DESCRIÇÃO:
Nas atividades propostas, o aluno escolhe quais serão seus pontos de referência no mapa (sua casa, a escola etc.) e é solicitado a descobrir de quantas maneiras diferentes é possível se deslocar entre duas localidades fazendo um trajeto mínimo. À medida que a distância entre as localidades aumenta, a organização de contagem e ideias de combinação surgem naturalmente.
Conteúdos: Contagem, Princípio Fundamental da Contagem e Combinações; Números, valor absoluto de números reais; Geometria, sistema de coordenadas, distâncias.
Objetivo: Utilizar o sistema de coordenadas cartesianas no plano e a noção de distância do táxi para explorar de forma natural conceitos de contagem e combinatória.
Duração: Uma aula dupla.
Áudio: O que é permutação?
A atividade 1 (Configuração do bairro): contém instruções gerais e, também, inclui a apresentação do mapa de ruas de uma cidade, representado por uma malha quadriculada. O aluno deverá escolher quatro esquinas para as quatro localidades – o posicionamento nas esquinas irá simplificar a contagem das quadras a serem percorridas para ir de um local a outro. A seguir, ele deverá determinar e marcar no mapa um trajeto mínimo entre duas dessas localidades. A figura abaixo ilustra esta atividade destacando um dos possíveis trajetos mínimos entre a casa e a escola.



A atividade 2 (Combinatória):  É dividida em cinco partes. O objetivo é determinar quantos caminhos diferentes de comprimento mínimo podem ser percorridos entre duas localidades. Na parte 1 é solicitado que o aluno descubra visualmente o número de trajetos mínimos entre duas localidades não muito afastadas uma da outra.
Na parte 2 é sugerida uma notação para a descrição dos trajetos, devendo ser utilizadas as letras e para o deslocamento de uma quadra na horizontal ou na vertical, respectivamente. Essa representação é solicitada para alguns trajetos mínimos. O aluno deverá perceber que a contagem dos trajetos mínimos, fácil de ser efetuada visualmente quando as localidades estão próximas, fica muito complexa quando estas são mais afastadas uma da outra e requer, nesse caso, um procedimento organizado. Isto deverá motivar o aluno para o entendimento do conceito de combinação envolvido na expressão para o cálculo do número de trajetos mínimos no caso geral, o que corresponde ao conteúdo da parte 3.
Assumindo que o aluno já conheça o conceito de permutação, colocamos a seguir uma forma de tornar a expressão acima mencionada mais compreensível, o que certamente será uma motivação para o conceito de combinação. A dedução dessa expressão será discutida com os alunos no fechamento das atividades.
Por que o número de trajetos mínimos é dado por uma combinação?
Vamos supor que entre as localidades A e B o menor trajeto deve ser percorrido através de oito quadras, sendo três horizontais e cinco verticais. Um exemplo de trajeto mínimo de A para B, pode ser denotado por HVVHVVHV, que significa que a primeira quadra é percorrida na horizontal, as duas seguintes na vertical, e assim por diante até a oitava quadra, que é percorrida na vertical.
A seguir, vamos analisar quantos trajetos mínimos diferentes existem entre A e B.
Se tivéssemos oito letras diferentes envolvidas na representação do trajeto, a resposta seria o número correspondente a todas as permutações possíveis das oito letras, isto é, 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320 trajetos. Mas aqui o número de possibilidades será bem menor, pois teremos que repetir a letra H três vezes e a letra V cinco vezes para preencher as oito posições e representar os três deslocamentos horizontais e cinco verticais necessários, variando a ordem.
Consideremos o exemplo do trajeto mínimo HVVHVVHV. Obteremos o mesmo trajeto se trocarmos as letras H entre si e as letras V entre si. Assim, nas 8! Permutações que seriam possíveis com letras diferentes estariam contando esse trajeto várias vezes. Mais precisamente, como há 3! modos de trocar as letras H entre si (permutações das posições 1ª, 4ª e 7ª) e 5ª modos de trocar as letras V entre si (permutações das posições a , 2ª, 3ª, 5ª, 6ª e 8ª), teríamos contado 3!5! vezes esse mesmo trajeto. Como o argumento acima pode ser considerado para qualquer outro trajeto mínimo entre as localidades A e B, o número total de trajetos mínimos diferentes é dado por:
8! / 3!5!
Note que esse número é exatamente o número de combinações de oito elementos tomados três a três.
Na parte 4 é solicitado o cálculo do número de trajetos mínimos entre duas localidades não tão próximas uma da outra, o que requererá o uso da expressão combinatória introduzida na parte 3.
Na parte 5 a novidade é o cálculo do número de trajetos mínimos entre duas localidades A e B passando por uma terceira localidade C. O conhecido Princípio Fundamental da Contagem assegura que este número é dado pelo produto do número de trajetos mínimos entre A e C pelo número de trajetos mínimos entre
 A e B.
Ainda na parte 5 é apresentada a questão 1, a para ser respondida no caderno. Essa questão envolve a extensão do princípio acima na discussão de trajetos que passam por várias localidades e deverá ser incluída no fechamento da atividade.
Questão 1 para o caderno 
De quantas maneiras você pode fazer um trajeto com tamanho mínimo que parte da sua casa, passa pela casa do seu amigo, depois pela escola, então pela lanchonete e termina na sua casa?
Fechamento (Conclusão):
Depois do término das atividades, serão comentadas as conclusões e os resultados obtidos pelos alunos. Introduzindo a seguir desenvolvimentos que dão subsídios ao professor para uma discussão mais aprofundada das questões relevantes desta atividade.


Um comentário:

  1. Gosto muito quando um professor de Matemática utiliza o cotidiano para desenvolver suas atividades. Se eu tivesse um professor assim no Ensino Médio, talvez hoje eu estivesse lecionando essa matéria. Sofri muito para converter meus textos sintéticos em produções acadêmicas exigidas pela minha área, pois amo cálculo, lógica e estatística. Vou utilizar sua atividade para a produção de textos dissertativos argumentativos no 3o. ano. Parabéns!

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