Aluno do Colégio Dulce Petri aprovado em 1º lugar na fase teórica no Colégio Naval.
domingo, 29 de novembro de 2015
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Prof. Ricardo Freitas - INGLÊS 2002
ATIVIDADE
- Exercício sobre plural dos substantivos
- Tradução de frases
- Produção textual.
EXERCÍCIO – INGLÊS
2002
1. They decided to build two…………in the city. (church)
a. Churches
b. Church
c. Churchs
a. Churches
b. Church
c. Churchs
2. The man who tried to rob Jake had three……………..when the
police arrived.(knife)
a. Knifes
b. Knives
c. Knife
a. Knifes
b. Knives
c. Knife
3. They suspected their……………were following them after
work.(wife)
a. Wifes
b. Wife
c. Wives
a. Wifes
b. Wife
c. Wives
4. Do you think the………….will like this Santa Claus? Are you
sure? (child)
a. Childrens
b. Childs
c. Children
a. Childrens
b. Childs
c. Children
5. What do you hope the……………are going to do about
it?(manager)
a. Managers
b. Manageres
c. Manager
a. Managers
b. Manageres
c. Manager
2) TRADUZA AS FRASES ABAIXO:
A) I need some tomaoes to prepare the sauce.
B) There are many
children in the park.
C) The teacher told us lots of stories.
D) There are many beautiful BEACHES in Natal.
3) Escreva 02 frases expressando a sua opinião sobre
qualquer assunto usando algumas das
expressões abaixo:
I think that..... (Eu acho que....)
In my opinion.... (Na minha opinião....)
To me.... (Para
mim,....)
Prof Ricardo Freitas - 3 ano - Prod. Textual
Elementos coesivos, concordância e regência
Abordaremos
sobre os pronomes relativos usados como elementos coesivos e as relações de
concordância e regência estabelecidas no texto dissertativo
argumentativo.Quando lemos um texto que apresenta boa construção, percebemos
que existem ligações entre os diversos segmentos das partes que o constitui.
Cada frase, cada parágrafo deve manter um elo com frase (s) e parágrafo (s)
anterior (es), a fim de não se perder o fio do pensamento. Cada enunciado do
texto deve estabelecer relações lógicas com os outros enunciados a fim de
tornar o conteúdo do texto coerente. Essa conexão interna entre os vários
enunciados do texto chama-se coesão.
Além das preposições, conjunções, alguns pronomes e advérbios
estabelecem relações de sentido entre enunciados e palavras de um mesmo texto:
são recursos essenciais de coesão textual. Os pronomes relativos também
podem trabalhar como elemento de coesão textual.
O pronome relativo se
caracteriza por substituir um termo antecedente e iniciar sempre uma nova
oração.
Uso dos pronomes relativos
Que: É o pronome relativo mais utilizado,
sendo considerado um pronome relativo universal. Refere-se a coisas ou a
pessoas e pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais e as quais. Além
disso, pode aparecer precedido pelos pronomes demonstrativos o, a, os, as.
Exemplos:
Acabei de lavar o vestido que estava sujo de tinta.
Já nem sei o que faço.
Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a
coisas. Vem sempre antecedido de preposição quando tem um antecedente
explícito.
Exemplos:
Este é o garoto a quem sempre amei.
É esta a professora de quem você falou?
Onde: É utilizado para indicar um lugar,
podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais.
Pode ser utilizado juntamente com preposições, formando as palavras aonde e
donde para transmitir noções de movimento.
Exemplos:
Este é o apartamento onde vivi quando pequena.
O hotel onde ficamos era cinco estrelas.
Qual e suas flexões: Vem sempre
precedido de um artigo. Emprega-se depois de preposições com duas sílabas ou
mais e de locuções prepositivas.
Exemplos:
Pensei nisso naquela noite de tempestade, durante a qual não consegui dormir.
Li um livro sobre o
qual nunca tinha
ouvido falar nada.
Quanto e suas flexões: Aparece
depois dos pronomes indefinidos tudo, tanto, todos, bem como suas flexões.
Exemplos:
Compre tanto quanto for preciso.
Ele não fez tudo quanto havia prometido.
Cujo e suas flexões: Aparece
entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo equivalente a: do
qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Deve concordar em gênero
e número com a coisa possuída.
Exemplos:
Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares.
Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente.
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
domingo, 25 de outubro de 2015
Homenagem ao Aluno João Victor
"Vencedor não é aquele que
sempre vence, mas sim aquele
que nunca para de lutar."
sempre vence, mas sim aquele
que nunca para de lutar."
Que nosso João Victor seja um exemplo para todo do Colégio Estadual Dulce Petri."
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Prof. Ronaldo - Atividade 2 ano noturno
Atividades de Física turmas 2003
e 2004
“Benção ou flagelo? A usina hidrelétrica de Belo
Monte, no rio Xingu, ainda divide opiniões em Altamira, típica cidade amazônica
encravada no centro do Pará.
Para 43% de seus moradores, segundo pesquisa do
Datafolha, a cidade ficará melhor quando terminar a construção da usina, em
2019. Outros 44% predizem que ela estará pior – um claro empate técnico (…)”.
Restante do exercicio no link abaixo:
Atividade Segundo Ano Noturno
domingo, 20 de setembro de 2015
Professor Ronaldo - Física
Aula de Física ministrada nas turmas 1003 e 1004
Feito isto, iniciar uma discussão sobre o conceito que pesquisaram: o que é Ficção Científica, se o referido filme é ou não deste gênero etc.
Quando todas as duplas terminarem de elaborar os murais, eles deveram colocar
os murais em um local acessível para que várias pessoas vejam.
Sugestão de Atividade
Sugestão1
Apresentar aos alunos o trecho do filme “Superman voando sobre o planeta Terra” (Fig.6), com duração de 00 minutos e 30 segundos, conforme postado abaixo.
Link do vídeo “Superman voando sobre o planeta Terra”:
Ficção Científica e a Física nas telas
do Cinema
Dados da Aula: O que o aluno poderá aprender com
esta aula
Nesta aula o aluno poderá aprender o conceito de
Ficção Científica. Além disso, será analisado, de acordo com as leis
da Física, nos filmes e seriados televisivos, possibilidades da
ocorrência na vida real de fatos como visão de fogo, explosões no
espaço, viagem no tempo entre outros. Ainda, esta aula pode contribuir
para aprimorar as capacidades crítica, analítica e argumentativa dos alunos
relacionadas à temática da aula.
Duração das atividades: Aproximadamente 100 minutos, duas
(2) aulas.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor
com o aluno
Não há
necessidades que conhecimentos prévios sejam trabalhados pelo professor com os
alunos para o desenvolvimento da aula.
Estratégias e recursos da aula
As
estratégias utilizadas serão:
- Aula interativa;
- Apresentações de vídeos;
- Confecção de cartazes;
Motivação
Estando os alunos organizados em duplas, será
distribuído para os alunos, cópias impressas (em número suficiente) da poesia
“Máquina do Tempo” (Fig.1), da autora Kátia Kelly, conforme link abaixo. Feito
isto, deverá solicitar que cada dupla faça a leitura da poesia em questão.
Link da
Poesia “ Máquina do Tempo (Kátia Kelly)”:
http://sitedepoesias.com.br/poesias/39801 Acessado
em: 12 Setembro 2015.
Figura 1:
"Máquina
do Tempo"
Observação: Assim que todos concluírem a leitura, os alunos
responderam algumas perguntas. Abaixo sugestão de um roteiro de discussão
Roteiro
de Discussão:
- Se vocês tivessem uma
máquina do tempo o que fariam?
- Vocês acham que é possível
existir uma máquina do tempo?
- Segundo os seus
conhecimentos em Física, vocês acham que é possível uma pessoa construir
uma máquina do tempo? Por quê?
- Segundo os conceitos
Físicos, é possível uma pessoa viajar no tempo? Por quê?
Observação:
É fundamental que neste momento todos aqueles, que
se sentirem à vontade, possam expressar suas opiniões!
Além disso, estas perguntas poderão ser respondidas
com maior certeza durante o desenvolvimento desta aula, a qual tem como temática
a Física em filmes de Ficção Científica.
Atividade
1
Continuando
a aula, perguntar se os alunos, em algum momento, já assistiram ao filme “De
volta para o Futuro” dos autores Michael J. Fox , Christopher Lloyd , Lea
Thompson, Crispin Glover , Thomas F. Wilson. Desta forma, após ouvir as
respostas dos alunos, pedir para que eles assistam ao trecho do referido filme,
com duração de 02 minutos e 16 segundos, acessando o link disponibilizado
abaixo.
Link do
Filme “De volta para o Futuro” (Fig. 2):
http://www.youtube.com/watch?v=JSmG52uHU9k Acessado
em 03 de agosto de 2015.
Figura 2: Trecho do filme “De volta
para o Futuro”
Após os alunos terem assistido ao trecho do filme
em questão, iniciar uma conversa sobre o vídeo.
Roteiro
de perguntas
- O que Dr. Brown e Marty
McFly utilizaram como máquina do tempo?
- Quais são os conceitos
Físicos citados no vídeo?
- Vocês acham que esses
conceitos foram abordados corretamente? Por quê?
- Será que poderíamos viajar
no tempo seguindo as instruções dadas pelo personagem Dr. Emmett
"Doc" Brown? Por quê?
Observamos que este momento é importante tanto para
socializar informações entre os alunos, como também para corrigir conceitos
errôneos, esclarecer dúvidas, além de possibilitar trabalhar a competência oral
dos alunos! Destacamos ainda que, isso deverá favorecer com que os alunos compreendam que:
- Neste
trecho do filme são abordados os conceitos de velocidade e tempo.
- Que
os conceitos Físicos abordados (velocidade e tempo) estão incorretos. A velocidade
proposta é muito baixa para causar uma Dilatação de Tempo, que ocorre
próximo a velocidade da luz, conforme a Teoria da Relatividade.
Atividade 2
Prosseguindo a aula, com a pergunta aos alunos:
Vocês já ouviram falar sobre o termo
“Ficção Científica”? Este filme é de Ficção Científica? Por quê?
Em seguida, após ouvir as
opiniões dos alunos, pedir para que cada dupla pesquise em dicionários
eletrônicos ou impressos a definição do temo Ficção Científica. Abaixo
sugerimos alguns links para a realização da pesquisa.
Sugestão de links para a pesquisa:
http://www.dicionarioweb.com.br/ (Fig. 3)
Figura 3: Imagem do site “Dicionário Web”
Feito isto, iniciar uma discussão sobre o conceito que pesquisaram: o que é Ficção Científica, se o referido filme é ou não deste gênero etc.
Atividade
3
Pedir que os alunos (ainda em duplas) pesquisem, em
sites da internet, filmes de Ficção Científica que abordem conceitos de Física,
como por exemplo velocidade, tempo, força entre outros. Desta forma, para a
realização da pesquisa os alunos deverão seguir o roteiro abaixo. Além disso,
há sugestões de sites para a realização das pesquisas e alguns vídeos que abordam conceitos
físicos.
Roteiro
da pesquisa:
- Nome do filme.
- Qual a história do filme?
- Quais os conceitos físicos
presentes no filme?
- Vocês acham que estes
conceitos foram abordados de forma correta? Por quê?
Sugestão
de sites para a Pesquisa:
Figura 4: Imagem do site “Melhores
Filmes”
Sugestões
de filmes:
- Superman
Disponível
em: http://www.youtube.com/watch?v=ev1zkGEVoiM&feature=related Acessado
em: 03 de Agosto 2015.
- Homem Aranha
Disponível
em: http://www.youtube.com/watch?v=wXS_d7M3124
Acessado em: 03 de Agosto 2015.
Espera-se que nesta atividade os alunos compreendam
as impossibilidades de fatos como:
- Não é
possível que uma pessoa possua visão de raio-X, como mostrado no
filme do Superman. Pois, para isto é necessário que se aplique uma
grande diferença de potencial, para produzir uma onda eletromagnética, e o
corpo humano não possui tal capacidade.
- Não
é possível que uma pessoa possa voar utilizando teias de aranha entre os
prédios da cidade, como o homem Aranha faz. Para isto, a teia - que não
produzimos em nosso corpo, teria que ser muito resistente e em grande
quantidade.
- Não
é possível que no espaço possamos ouvir explosões, pois o som não se
propaga no vácuo.
Após o término das pesquisas, realizar uma
discussão entre todos sobre a atividade em questão. Para isto, cada dupla
deverá compartilhar com os demais alunos, os resultados de suas pesquisas. Responder
perguntas sobre os filmes indicados, conforme exemplo abaixo.
Roteiro
de questões sobre os filmes sugeridos:
- Seria possível uma pessoa
ser cortada por um laser?
- Alguém poderia ter uma visão
de fogo, como o Superman?
- Será que poderíamos “voar”
segurando em prédios, utilizando de teias de aranha, como o Homem Aranha?
- Será que é possível ouvirmos
barulhos de explosões no espaço?
É importante os alunos construam o conhecimento de
que muitos dos conceitos físicos abordados nestes filmes, bem como em outros,
de Ficção Científica, não estão de acordo com as Leis da Física.
Para finalizar a aula, os alunos organizaram uma
Amostra de filmes intitulados: "A utilização errônea dos conceitos Físicos
em filmes de Ficção Científica", elaborando, cada dupla, um mural (Fig. 5)
que deverá conter:
- Nome do filme.
- A imagem de uma cena que
demonstre um conceito físico.
- Explicação que relate por
que este conceito está errado no filme.
Figura 5: Mural do filme “Star Wars”.
Observação: Quando todas as duplas terminarem de elaborar os murais, eles deveram colocar
os murais em um local acessível para que várias pessoas vejam.
Sugestão de Atividade
Sugestão1
Apresentar aos alunos o trecho do filme “Superman voando sobre o planeta Terra” (Fig.6), com duração de 00 minutos e 30 segundos, conforme postado abaixo.
Link do vídeo “Superman voando sobre o planeta Terra”:
Acessado
em: 12 Setembro 2015.
Figura 6: Imagem do filme “Superman
voando sobre o planeta Terra ”
Ao finalizar a apresentação do vídeo, iniciar uma
discussão com os alunos, por meio do roteiro de questões disponíveis abaixo:
Roteiro de questões:
- Uma
pessoa poderia voar utilizando apenas uma capa como a do Superman?
- Que
tipos de recursos seriam necessários para que uma pessoa voasse de
verdade?
- O
filme do Superman é de Ficção Científica? Por quê?
É importante que os alunos concluam que uma pessoa
poderia voar se ela possuísse um sistema de propulsão como, por exemplo, os
de motores de aviões e uma aerodinâmica que possibilitasse sua
permanência no ar. Além disso, para que o Superman voasse de verdade
seria necessário que ele possuísse asas e não uma capa!
Sugestão
2
Assistir
o trailer do filme “Madagascar 2”( Fig.7), com duração de 01 minuto e 02
segundos.
Link do
vídeo “Madagascar”:
Figura 7:
Imagem do
filme “Madagascar 2”
Observaram
algum conceito físico no filme? Quais seriam esses conceitos?
Após
ouvir as respostas dos alunos, o professor, de forma a favorecer com que eles
percebam quais conceitos físicos estão presentes no trecho do vídeo assistido,
poderá fazer as seguintes perguntas:
- Será que seria possível um
avião ser segurado no ar por dois pára-quedas?
- Quando um avião está em
queda livre, o que acontece com as pessoas que estão a bordo?
- É possível que as pessoas
conversem em quanto um avião esta caindo?
Recursos Complementares
Os links
abaixo se referem ao conceito de Ficção Científica e Física nas telas do
cinema:
Avaliação
A avaliação deverá ocorrer em todos os momentos. É
importante perceber ao final das aulas se os alunos compreenderam o significado
de Ficção Cientifica, bem como sobre como a Física está sendo aplicada nas
telas dos cinemas.
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Professor Ricardo Freitas - 6 ano
6 ANO – 601 e 602
OBJETIVO DA AULA
-
Identificar os tipos de substantivos contidos nos contos
de fadas.
-
Identificar os tipos de discursos nos contos de fadas.
-
Identificar as características textuais dos contos de
fadas.
CONTOS DE FADAS
Os Contos de Fada são narrativas em
que está envolvido o fator mágico, em que o impossível e inimaginável aos olhos
dos meninos e meninas comuns se realiza por meio de magia e encantamentos.
SUBSTANTIVOS/ ADJETIVOS / DISCURSO DIRETO E INDIRETO
Os substantivos são as palavras que designam todo tipo de
ser: pessoas, coisas, divindades, estados de espírito, sentimentos, etc.
Assumem as categorias de gênero e número, sendo flexionadas em masculino e
feminino, singular e plural.
Os adjetivos, por sua vez, são palavras que designam
qualidades e características atribuídas aos substantivos. Por modificarem os
substantivos, assim como eles, também assumem as categorias de gênero e número,
flexionando-se em masculino e feminino, singular e plural.
Juntos, substantivos e adjetivos constituem um material
riquíssimo para a construção de Contos de Fadas, Contos Maravilhosos, Fábulas e
todos os demais gêneros textuais, visto que constituem o nível mais básico de
palavras de uma língua. Você pode ter um texto só de substantivos, mas é
difícil encontrar um texto que não possua sequer um substantivo.
Substantivos Comuns: Nomeiam genericamente objetos, animais,
plantas ou quaisquer outros seres, vivos ou não. Geralmente, são grafados com
letra minúscula. Substantivos
Próprios: Nomeiam especificamente pessoas ou lugares, diferenciando-os dos
demais membros do mesmo grupo. Por exemplo: São Paulo é o nome próprio de uma
cidade, ou seja, especifica um ser dentro de um grupo denominado pelo
substantivo comum cidade. Geralmente, são grafados com letra maiúscula.
Nos textos, os diálogos são marcados através de sinais
próprios. Em Língua Portuguesa, há duas formas de transcrição dos diálogos: o
discurso direto e o discurso indireto. Vamos aprender a diferença entre
eles!
O discurso direto
Confere voz às personagens, reproduzindo fielmente suas
falas e permitindo que alguns traços de sua personalidade sejam destacados no
texto.
Verbos como dizer, falar e perguntar servem para introduzir
as falas, sendo comum a presença de travessões (–), dois-pontos (:), aspas (“ ”) e
exclamações (!) durante sua reprodução.
O discurso indireto
É a tradução da fala dos personagens nas palavras do narrador,
que reproduz a fala e a reação das personagens, relatando-as em terceira
pessoa. Nesse caso, também costumam aparecer os verbos dizer, falar e
perguntar, mas eles são seguidos por uma oração iniciada pela conjunção
integrante que.
Professor Sandro - História
O Rio de Janeiro foi a única cidade com aspirações imperiais que confrontou seus senhores com a desconfortável realidade de três séculos de regime colonial. Ao aportar nas águas da Bahia da Guanabara as naus portuguesas trouxeram a família real para dentro de uma realidade que eles só conheciam de relatos distantes de um mundo incivilizado. A falta de moradias adequadas foi o primeiro entrave enfrentado pelos nobres visitantes,escassez de produtos de luxo foi um outro problema para a corte, que ao buscar soluções para suas privações, desencadearam o inicio da transformação do Rio de Janeiro de uma bucólica cidade colonial,numa capital metropolitana.
Estudos recentes sobre o papel do império na formação da metrópole europeia enfatizam as complexas geografias de encontro e trocas culturais que são características da modernidade,Franceses e Ingleses eram refratários a essas trocas a essas “misturas”, resistindo a absorver outros genes culturais que não fossem europeus.Os Portugueses apesar do eurocentrismo se adaptavam as culturas locais desde que essas preenchessem suas necessidades. O Rio de Janeiro gozava de situação particularmente favorável,dado seu papel estabelecido como um ponto de escala para navios europeus em rotas transatlânticas,principalmente navios ingleses que através de relações mais próximas com Portugal tiveram favorecidas a utilização de portos brasileiros do Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Esse contato com culturas das mais variadas e a circulação de mercadorias de todos os tipos nos portos do rio de janeiro, proporcionaram uma mistura de sabores, línguas, sementes e hábitos que se fundiram num outro elemento de modernidade. Povos e culturas das mais variadas matizes eram recebidos no rio sem restrições o que atraia cada vez mais estrangeiros para negociar em seus portos.
A segundo rede marítima na qual o rio teve importante papel esta relacionada ao movimento de pessoas e investimentos ligados ao trafico de escravos,esse comercio de pessoas no rio de janeiro imperial tinha traços inusitados devido ao fato que a liberal coroa britânica apoiou o absolutismo português e uma economia de mercado estava sendo consolidadada simultaneamente com a manutenção da escravidão.Os interesses comerciais ingleses suplantaram suas convicções políticas e desde de que a escravidão fosse praticada num ambiente considerado insivilizado, o mais importante era conquistar mercados.
Com a chegada da família real em1808 o Rio de Janeiro passou por transformações para que a cidade ganhasse ares europeus,mas a união desses elementos de além mar com as especificidades locais deram a cidade uma identidade única,assentada numa paisagem deslumbrante e em contornos de uma sinuosidade singular,a dita modernidade baseada exclusivamente em traços europeus foi subvertida no Rio de Janeiro a beleza natural da cidade se harmonizou com as construções patrocinadas pela família real e criou uma metrópole não exatamente ao gosto europeu,afinal o calor africano e a vegetação abundante eram considerados obstáculos para que a cidade ganhasse ares civilizados,mas esse legado foi a base para a construção de uma cidade conhecida como maravilhosa que ainda encanta todos nós.
QUESTÃO 1
A cidade teve que passar por uma serie de transformações na tentativa de transforma-la numa cidade com ares europeus, para conseguir tal feito a corte portuguesa teve que mudar estruturalmente a cidade, dar um outro feitio as suas construções, foram criados parques, praças e áreas de laser que demandaram numa serie de aterros de lagoas e manguezais que agrediam a vocação do rio de janeiro para terra de natureza perene e intocada,cada parte aterrada, cada vereda que desaparecia tornavam acidade menos deslumbrante,impedindo a harmonização do ambiente natural com as construções que lhes eram erguidas e impostas a ferro e fogo.
PRIMEIRA TEMPORALIDADE : associada ao próprio regime colonial brasileiro, fortemente associada a uma estrutura econômica baseada na propriedade da terra e na escravidão que alguns autores consideram um modo de produção distinto.
SEGUNDA TEMPORALIDADE: associada ao Ancien Régime português, uma estrutura social caracterizada pelo domínio de uma nobreza ostentatória e dilapidadora,sempre em busca de privilégios cargos públicos e favores.
TERCEIRA TEMPORALIDADE: refere-se ao capitalismo industrial, um novo fenômeno que estava, então, associado mais de perto a grã-bretanha e seus esforços para ampliar os mercados consumidores do além mar.
Os acontecimentos ocorridos no rio de janeiro com o choque de temporalidades simultâneas,foi certamente mais complexo do que uma mera transição de um tempo arcaico ou tradicional para um moderno, as contradições do processo sugerem diferentemente. Durante esse período por exemplo as posições de colônia e metrópole foram invertidas,o absolutismo português era apoiado pelo liberalismo britânico,e uma economia de mercado desenvolveu-se lado a lado com a expansão da escravatura.Essas temporalidades que se entrelaçavam no Rio de Janeiro traziam mudanças cruciais a cidade num processo lento e resistente que deu a cidade as feições de uma metrópole europeia, abarrotada de produtos ingleses que como investidores faziam vista grossa e a escravidão,que era uma marca do colonialismo português fincada em todas as atividades da metrópole, o rio não funcionava sem seus escravos.
Essas temporalidades desencadearam processos irreversíveis no cotidiano da metrópole,com acesso as noticias de além mar Rio de Janeiro passou a acompanhar as mudanças que ocorriam no mundo e muitas delas chegaram aqui e se disseminaram trazendo uma nova face ao rio de janeiro e adequadas a nossa realidade.
Estudos recentes sobre o papel do império na formação da metrópole europeia enfatizam as complexas geografias de encontro e trocas culturais que são características da modernidade,Franceses e Ingleses eram refratários a essas trocas a essas “misturas”, resistindo a absorver outros genes culturais que não fossem europeus.Os Portugueses apesar do eurocentrismo se adaptavam as culturas locais desde que essas preenchessem suas necessidades. O Rio de Janeiro gozava de situação particularmente favorável,dado seu papel estabelecido como um ponto de escala para navios europeus em rotas transatlânticas,principalmente navios ingleses que através de relações mais próximas com Portugal tiveram favorecidas a utilização de portos brasileiros do Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Esse contato com culturas das mais variadas e a circulação de mercadorias de todos os tipos nos portos do rio de janeiro, proporcionaram uma mistura de sabores, línguas, sementes e hábitos que se fundiram num outro elemento de modernidade. Povos e culturas das mais variadas matizes eram recebidos no rio sem restrições o que atraia cada vez mais estrangeiros para negociar em seus portos.
A segundo rede marítima na qual o rio teve importante papel esta relacionada ao movimento de pessoas e investimentos ligados ao trafico de escravos,esse comercio de pessoas no rio de janeiro imperial tinha traços inusitados devido ao fato que a liberal coroa britânica apoiou o absolutismo português e uma economia de mercado estava sendo consolidadada simultaneamente com a manutenção da escravidão.Os interesses comerciais ingleses suplantaram suas convicções políticas e desde de que a escravidão fosse praticada num ambiente considerado insivilizado, o mais importante era conquistar mercados.
Com a chegada da família real em1808 o Rio de Janeiro passou por transformações para que a cidade ganhasse ares europeus,mas a união desses elementos de além mar com as especificidades locais deram a cidade uma identidade única,assentada numa paisagem deslumbrante e em contornos de uma sinuosidade singular,a dita modernidade baseada exclusivamente em traços europeus foi subvertida no Rio de Janeiro a beleza natural da cidade se harmonizou com as construções patrocinadas pela família real e criou uma metrópole não exatamente ao gosto europeu,afinal o calor africano e a vegetação abundante eram considerados obstáculos para que a cidade ganhasse ares civilizados,mas esse legado foi a base para a construção de uma cidade conhecida como maravilhosa que ainda encanta todos nós.
QUESTÃO 1
A cidade teve que passar por uma serie de transformações na tentativa de transforma-la numa cidade com ares europeus, para conseguir tal feito a corte portuguesa teve que mudar estruturalmente a cidade, dar um outro feitio as suas construções, foram criados parques, praças e áreas de laser que demandaram numa serie de aterros de lagoas e manguezais que agrediam a vocação do rio de janeiro para terra de natureza perene e intocada,cada parte aterrada, cada vereda que desaparecia tornavam acidade menos deslumbrante,impedindo a harmonização do ambiente natural com as construções que lhes eram erguidas e impostas a ferro e fogo.
PRIMEIRA TEMPORALIDADE : associada ao próprio regime colonial brasileiro, fortemente associada a uma estrutura econômica baseada na propriedade da terra e na escravidão que alguns autores consideram um modo de produção distinto.
SEGUNDA TEMPORALIDADE: associada ao Ancien Régime português, uma estrutura social caracterizada pelo domínio de uma nobreza ostentatória e dilapidadora,sempre em busca de privilégios cargos públicos e favores.
TERCEIRA TEMPORALIDADE: refere-se ao capitalismo industrial, um novo fenômeno que estava, então, associado mais de perto a grã-bretanha e seus esforços para ampliar os mercados consumidores do além mar.
Os acontecimentos ocorridos no rio de janeiro com o choque de temporalidades simultâneas,foi certamente mais complexo do que uma mera transição de um tempo arcaico ou tradicional para um moderno, as contradições do processo sugerem diferentemente. Durante esse período por exemplo as posições de colônia e metrópole foram invertidas,o absolutismo português era apoiado pelo liberalismo britânico,e uma economia de mercado desenvolveu-se lado a lado com a expansão da escravatura.Essas temporalidades que se entrelaçavam no Rio de Janeiro traziam mudanças cruciais a cidade num processo lento e resistente que deu a cidade as feições de uma metrópole europeia, abarrotada de produtos ingleses que como investidores faziam vista grossa e a escravidão,que era uma marca do colonialismo português fincada em todas as atividades da metrópole, o rio não funcionava sem seus escravos.
Essas temporalidades desencadearam processos irreversíveis no cotidiano da metrópole,com acesso as noticias de além mar Rio de Janeiro passou a acompanhar as mudanças que ocorriam no mundo e muitas delas chegaram aqui e se disseminaram trazendo uma nova face ao rio de janeiro e adequadas a nossa realidade.
Professor Sandro - História
O REFERENDO
Diante de câmeras de TV e de algumas dezenas de apoiadores,no salão Ayacucho do Palácio Miraflores, Hugo Chávez amargava,no final de 2007,sua primeira derrota eleitoral em nove anos.A diferença era pequena:1.41% ou 124.962 votantes em um universo de 8.883.746 votos validos.Sua proposta de alterar substancialmente a constituição do pais,aprovada em seu primeiro mandato,oito anos antes,fora reprovada em um referendo popular.(pág.27)
Havia várias novidades no resultado,A primeira era que os vitoriosos não foram exatamente os setores da direita golpista,como o mandatário chama os articuladores da desastrada tentativa de tira-lo do poder á força,em abril de 2002.Tais correntes pregavam,até três dias antes da votação,o absenteísmo.Argumentavam que o resultado provavelmente seria fruto de uma fraude e o melhor seria ficar de fora. Era um caminho aparentemente lógico . Em vários embates,nos anos anteriores, a oposição buscara atalhos fora da institucionalidade,na tentativa de abreviar o mandato presidencial.Além do golpe 2002, tais setores tentaram um locaute de dois meses, articulando a partir da PDVSA, a estatal petroleira,e resolveram participar das eleições parlamentares de dezembro de 2005. Colheram desgastes, ficaram fora do congresso,viram suas bases sociais encolherem e acabaram por se dividir.(pág.28)
Até a consulta popular de dezembro de 2007, Chávez valeu-se de um discurso que empurrou a direita para a defensiva. Colocou-se como campeão da legalidade,ao exibir a todo momento, um exemplar em miniatura da constituição de 1999. “É nosso programa“ repete ele. Convocou eleições, chamou milhares de pessoas ás ruas e inverteu um jogo comum em todos os países. Geralmente é a esquerda quem se coloca contra as regras do jogo e deixa a direita de mãos livres para alardear uma pretensa ordem a ser mantida.(pág.28)
Na Venezuela , os sinais foram trocados.É a direita quem,aos olhos da população, representou a instabilidade e o desrespeito ás leis definidas pela maioria. E em todos os embates, desde 1999, ela levou a pior. (pág.28)
Essa desvantagem crônica foi vencida no referendo por uma tática, que se mostrou acertada, de se buscar enfrentar Chávez nas regras por ele estabelecidas. O que isso pode significar? Em primeiro lugar, a existência de uma situação inédita no Pais.Há uma oposição não golpista,assentada nas mesmas bases sociais da anterior – meios de comunicação, poder econômico e governo dos Estados Unidos – Que, tudo indica,muda qualitativamente o panorama político local.Possivelmente,o discurso chavista terá de se reciclar.Até ali,valeu mais acentuar uma polarização,na qual estariam,de um lado, o povo e,do outro, o imperialismo norte-americano. A situação mostrou-se verdadeira por várias vezes.A interferência estadunidense na política interna da Venezuela aconteceu entre todo século xx e no inicio deste.Pórem ela nem sempre se valeu das mesmas formas de intervenção, como será mostrado nos próximos capítulos.(pág.28)
Em seu discurso no salão Ayacucho,Chávez admitiu:”A abstenção nos derrotou”.mais adiante,emendou”Milhões de venezuelanos que há um ano votaram em nós, não vieram votar “. O presidente referia-se a vitoria na eleição presidencial do ano anterior,quando obteve 7.161.637 votos. A abstenção,na época foi de cerca de 25% a menos desde 1994. No referendo apenas 4.379.392 apoiaram o governo. Na Venezuela ,o voto não e obrigatório.
A pergunta parada no ar é: por que quase três milhões de apoiadores do presidente não foram votar dessa vez? O caso também contrasta com o numero de filiados do Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV),lançado por Chávez em dezembro de 2006. No dia 23 de junho de 2007,a Rádio nacional da Venezuela que as “jornadas de inscrição levadas a cabo em todo pais para a postulação a aspirantes e militantes do PSUV lograram reunir 5.669.305 membros”. Ou seja 1.289.913 a mais do que os votos obtidos por Chavés.
Pode-se interpretar tais números, dizendo-se que não foi a oposição que ganhou, e sim o governo que perdeu, e por uma pequena margem.Mas isso não serve de consolo para amenizar a situação.
Quando diz que a abstenção ganhou, Chávez aponta um dado real, mas não a causa do problema. O que levou mais de um milhão de chavistas a ficarem em casa naquele domingo 2 de dezembro?Por que não se animaram as 34 propostas de emenda editadas pela presidência da republica,mais as 35 adicionadas por sua base de apoio na Assembleia Nacional?(pág.29)
O mote de que votar sim a reforma seria escolher Chávez e votar não seria apoiar Bush, brandido pelo presidente venezuelano na reta final da campanha, exibe um grau de confrontação inadequado para uma iniciativa pouco debatida e menos ainda entendida pela população, como é o caso do projeto de reforma constitucional.Chavéz as mudanças seriam o primeiro passo para a implantação de seu projeto de socialismo do século 21.(pág.29)
A conjuntura na qual se deu o referendo foi desenhada a partir da acachapante vitoria de Chavéz nas eleições presidenciais de dezembro de 2006. O presidente obteve 62.8% dos votos válidos, o que levou o candidato direitista Manoel Rosales com 36.9%, a lona.A abstenção,no entanto,fora muito maior: 35%. Em 8 anos Chavés invertera a apatia histórica do eleitorado que alcançara 54% de ausência nas eleições de 1995.
No fim de 2006, Chavéz estava mais forte do que nunca. Enfrentara um golpe de estado.um locaute nacional de dois meses,uma queda de 17% do PIB em 2003,a antipatia generalizada da grande imprensa dentro e fora de seu pais e varias tentativas de isolamento internacional.Alem disso,seus oponentes tentaram marca-lo como ditador, louco, fantoche de Fidel Castro, demagogo caribenho,falastrão e trapalhão.As acusações não colaram e sua popularidade aumentou.(pág.31)
Pesadas bem as coisas,a derrota no referendo foi construído involuntariamente pelo governo ao longo de um ano. Julgando dispor de uma confiança ilimitada por parte da população, o chamado oficialismo se surpreendeu com um resultado para o qual não estava preparado.
Para o sociólogo Edgardo Lander, a consequência imediata é “ o rompimento do mito do dirigente messiânico, seguido por uma massa popular incondicional, carente de capacidade de fazer juízo político próprio” apoiador critico do governo, Lander é rigoroso em sua avaliação:
A população,que foi submetida praticamente a uma chantagem política(escolher entre Chávez e bush), demonstrou ter autonomia e capacidade para, através da manifestar um estado de mal-estar e fazer um chamado de alerta.
O referendo acabou por se mostrar como uma precipitação desnecessária. As reformas não tinham a urgência toda apregoada pelo governo, que se descolou de parte de sua tradicional base de apoio. Produzida de afogadilho,sem debates maiores com a população e apresentado como um pacote fechado a reforma não empolgou.Apresentadade forma mais ampla a trinta dias da votação, era impossível decidir seu destino num simples “sim” ou “não” .
Investindo reiteradamente na polarização de posições,a ação governamental acabou por restringir o espaço para o exercício de uma saudável critica interna ao processo,que não raro é rotulada de iniciativa anti-revolucionária.
Uma ressalva precisa ser feita. Nenhum governo venezuelano recorreu tantas vezes a consultas populares. E,derrotado Chávez fez o que se esperava:acatou os resultados,apesar das constantes acusações da mídia internacional do que seria um ditador.(pág.37)
No balanço de forças pós referendo,há um saldo a se notar. É o surgimento de um novo segmento oposicionista como já dissemos paginas atrás. Perderam força os setores golpistas , da remanescentes da trapalhada palaciana de 2002. Tais grupos vinham conseguindo manter sua hegemonia entre os antichavistas desde aquela época. Por extrema inabilidade fizeram o que Chávez queria e apresentaram-se como opositores de conquistas reais por parte da população. Perderam espaço para novos atores, organizados em torno de um movimento estudantil que tenta romper, pelo menos aparentemente os laços com a oposição tradicional.
Em outras palavras,Chávez tem diante de si uma oposição não golpista,uma direita que aceita suas regras do jogo, em um processo de acumulo paulatino de forças. É algo novo em um cenário anteriormente polarizado, no qual ele soube se movimentar com desenvoltura.A situação ficou mais complexa e exige maior habilidade política. Como se comportara o governo a partir de tais parâmetros?(pág38)
Diante de câmeras de TV e de algumas dezenas de apoiadores,no salão Ayacucho do Palácio Miraflores, Hugo Chávez amargava,no final de 2007,sua primeira derrota eleitoral em nove anos.A diferença era pequena:1.41% ou 124.962 votantes em um universo de 8.883.746 votos validos.Sua proposta de alterar substancialmente a constituição do pais,aprovada em seu primeiro mandato,oito anos antes,fora reprovada em um referendo popular.(pág.27)
Havia várias novidades no resultado,A primeira era que os vitoriosos não foram exatamente os setores da direita golpista,como o mandatário chama os articuladores da desastrada tentativa de tira-lo do poder á força,em abril de 2002.Tais correntes pregavam,até três dias antes da votação,o absenteísmo.Argumentavam que o resultado provavelmente seria fruto de uma fraude e o melhor seria ficar de fora. Era um caminho aparentemente lógico . Em vários embates,nos anos anteriores, a oposição buscara atalhos fora da institucionalidade,na tentativa de abreviar o mandato presidencial.Além do golpe 2002, tais setores tentaram um locaute de dois meses, articulando a partir da PDVSA, a estatal petroleira,e resolveram participar das eleições parlamentares de dezembro de 2005. Colheram desgastes, ficaram fora do congresso,viram suas bases sociais encolherem e acabaram por se dividir.(pág.28)
Até a consulta popular de dezembro de 2007, Chávez valeu-se de um discurso que empurrou a direita para a defensiva. Colocou-se como campeão da legalidade,ao exibir a todo momento, um exemplar em miniatura da constituição de 1999. “É nosso programa“ repete ele. Convocou eleições, chamou milhares de pessoas ás ruas e inverteu um jogo comum em todos os países. Geralmente é a esquerda quem se coloca contra as regras do jogo e deixa a direita de mãos livres para alardear uma pretensa ordem a ser mantida.(pág.28)
Na Venezuela , os sinais foram trocados.É a direita quem,aos olhos da população, representou a instabilidade e o desrespeito ás leis definidas pela maioria. E em todos os embates, desde 1999, ela levou a pior. (pág.28)
Essa desvantagem crônica foi vencida no referendo por uma tática, que se mostrou acertada, de se buscar enfrentar Chávez nas regras por ele estabelecidas. O que isso pode significar? Em primeiro lugar, a existência de uma situação inédita no Pais.Há uma oposição não golpista,assentada nas mesmas bases sociais da anterior – meios de comunicação, poder econômico e governo dos Estados Unidos – Que, tudo indica,muda qualitativamente o panorama político local.Possivelmente,o discurso chavista terá de se reciclar.Até ali,valeu mais acentuar uma polarização,na qual estariam,de um lado, o povo e,do outro, o imperialismo norte-americano. A situação mostrou-se verdadeira por várias vezes.A interferência estadunidense na política interna da Venezuela aconteceu entre todo século xx e no inicio deste.Pórem ela nem sempre se valeu das mesmas formas de intervenção, como será mostrado nos próximos capítulos.(pág.28)
Em seu discurso no salão Ayacucho,Chávez admitiu:”A abstenção nos derrotou”.mais adiante,emendou”Milhões de venezuelanos que há um ano votaram em nós, não vieram votar “. O presidente referia-se a vitoria na eleição presidencial do ano anterior,quando obteve 7.161.637 votos. A abstenção,na época foi de cerca de 25% a menos desde 1994. No referendo apenas 4.379.392 apoiaram o governo. Na Venezuela ,o voto não e obrigatório.
A pergunta parada no ar é: por que quase três milhões de apoiadores do presidente não foram votar dessa vez? O caso também contrasta com o numero de filiados do Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV),lançado por Chávez em dezembro de 2006. No dia 23 de junho de 2007,a Rádio nacional da Venezuela que as “jornadas de inscrição levadas a cabo em todo pais para a postulação a aspirantes e militantes do PSUV lograram reunir 5.669.305 membros”. Ou seja 1.289.913 a mais do que os votos obtidos por Chavés.
Pode-se interpretar tais números, dizendo-se que não foi a oposição que ganhou, e sim o governo que perdeu, e por uma pequena margem.Mas isso não serve de consolo para amenizar a situação.
Quando diz que a abstenção ganhou, Chávez aponta um dado real, mas não a causa do problema. O que levou mais de um milhão de chavistas a ficarem em casa naquele domingo 2 de dezembro?Por que não se animaram as 34 propostas de emenda editadas pela presidência da republica,mais as 35 adicionadas por sua base de apoio na Assembleia Nacional?(pág.29)
O mote de que votar sim a reforma seria escolher Chávez e votar não seria apoiar Bush, brandido pelo presidente venezuelano na reta final da campanha, exibe um grau de confrontação inadequado para uma iniciativa pouco debatida e menos ainda entendida pela população, como é o caso do projeto de reforma constitucional.Chavéz as mudanças seriam o primeiro passo para a implantação de seu projeto de socialismo do século 21.(pág.29)
A conjuntura na qual se deu o referendo foi desenhada a partir da acachapante vitoria de Chavéz nas eleições presidenciais de dezembro de 2006. O presidente obteve 62.8% dos votos válidos, o que levou o candidato direitista Manoel Rosales com 36.9%, a lona.A abstenção,no entanto,fora muito maior: 35%. Em 8 anos Chavés invertera a apatia histórica do eleitorado que alcançara 54% de ausência nas eleições de 1995.
No fim de 2006, Chavéz estava mais forte do que nunca. Enfrentara um golpe de estado.um locaute nacional de dois meses,uma queda de 17% do PIB em 2003,a antipatia generalizada da grande imprensa dentro e fora de seu pais e varias tentativas de isolamento internacional.Alem disso,seus oponentes tentaram marca-lo como ditador, louco, fantoche de Fidel Castro, demagogo caribenho,falastrão e trapalhão.As acusações não colaram e sua popularidade aumentou.(pág.31)
Pesadas bem as coisas,a derrota no referendo foi construído involuntariamente pelo governo ao longo de um ano. Julgando dispor de uma confiança ilimitada por parte da população, o chamado oficialismo se surpreendeu com um resultado para o qual não estava preparado.
Para o sociólogo Edgardo Lander, a consequência imediata é “ o rompimento do mito do dirigente messiânico, seguido por uma massa popular incondicional, carente de capacidade de fazer juízo político próprio” apoiador critico do governo, Lander é rigoroso em sua avaliação:
A população,que foi submetida praticamente a uma chantagem política(escolher entre Chávez e bush), demonstrou ter autonomia e capacidade para, através da manifestar um estado de mal-estar e fazer um chamado de alerta.
O referendo acabou por se mostrar como uma precipitação desnecessária. As reformas não tinham a urgência toda apregoada pelo governo, que se descolou de parte de sua tradicional base de apoio. Produzida de afogadilho,sem debates maiores com a população e apresentado como um pacote fechado a reforma não empolgou.Apresentadade forma mais ampla a trinta dias da votação, era impossível decidir seu destino num simples “sim” ou “não” .
Investindo reiteradamente na polarização de posições,a ação governamental acabou por restringir o espaço para o exercício de uma saudável critica interna ao processo,que não raro é rotulada de iniciativa anti-revolucionária.
Uma ressalva precisa ser feita. Nenhum governo venezuelano recorreu tantas vezes a consultas populares. E,derrotado Chávez fez o que se esperava:acatou os resultados,apesar das constantes acusações da mídia internacional do que seria um ditador.(pág.37)
No balanço de forças pós referendo,há um saldo a se notar. É o surgimento de um novo segmento oposicionista como já dissemos paginas atrás. Perderam força os setores golpistas , da remanescentes da trapalhada palaciana de 2002. Tais grupos vinham conseguindo manter sua hegemonia entre os antichavistas desde aquela época. Por extrema inabilidade fizeram o que Chávez queria e apresentaram-se como opositores de conquistas reais por parte da população. Perderam espaço para novos atores, organizados em torno de um movimento estudantil que tenta romper, pelo menos aparentemente os laços com a oposição tradicional.
Em outras palavras,Chávez tem diante de si uma oposição não golpista,uma direita que aceita suas regras do jogo, em um processo de acumulo paulatino de forças. É algo novo em um cenário anteriormente polarizado, no qual ele soube se movimentar com desenvoltura.A situação ficou mais complexa e exige maior habilidade política. Como se comportara o governo a partir de tais parâmetros?(pág38)
sábado, 12 de setembro de 2015
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