Abordaremos
sobre os pronomes relativos usados como elementos coesivos e as relações de
concordância e regência estabelecidas no texto dissertativo
argumentativo.Quando lemos um texto que apresenta boa construção, percebemos
que existem ligações entre os diversos segmentos das partes que o constitui.
Cada frase, cada parágrafo deve manter um elo com frase (s) e parágrafo (s)
anterior (es), a fim de não se perder o fio do pensamento. Cada enunciado do
texto deve estabelecer relações lógicas com os outros enunciados a fim de
tornar o conteúdo do texto coerente. Essa conexão interna entre os vários
enunciados do texto chama-se coesão.
Além das preposições, conjunções, alguns pronomes e advérbios
estabelecem relações de sentido entre enunciados e palavras de um mesmo texto:
são recursos essenciais de coesão textual. Os pronomes relativos também
podem trabalhar como elemento de coesão textual.
O pronome relativo se
caracteriza por substituir um termo antecedente e iniciar sempre uma nova
oração.
Uso dos pronomes relativos
Que: É o pronome relativo mais utilizado,
sendo considerado um pronome relativo universal. Refere-se a coisas ou a
pessoas e pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais e as quais. Além
disso, pode aparecer precedido pelos pronomes demonstrativos o, a, os, as.
Exemplos:
Acabei de lavar o vestido que estava sujo de tinta.
Já nem sei o que faço.
Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a
coisas. Vem sempre antecedido de preposição quando tem um antecedente
explícito.
Exemplos:
Este é o garoto a quem sempre amei.
É esta a professora de quem você falou?
Onde: É utilizado para indicar um lugar,
podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais.
Pode ser utilizado juntamente com preposições, formando as palavras aonde e
donde para transmitir noções de movimento.
Exemplos:
Este é o apartamento onde vivi quando pequena.
O hotel onde ficamos era cinco estrelas.
Qual e suas flexões: Vem sempre
precedido de um artigo. Emprega-se depois de preposições com duas sílabas ou
mais e de locuções prepositivas.
Exemplos:
Pensei nisso naquela noite de tempestade, durante a qual não consegui dormir.
Li um livro sobre o
qual nunca tinha
ouvido falar nada.
Quanto e suas flexões: Aparece
depois dos pronomes indefinidos tudo, tanto, todos, bem como suas flexões.
Exemplos:
Compre tanto quanto for preciso.
Ele não fez tudo quanto havia prometido.
Cujo e suas flexões: Aparece
entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo equivalente a: do
qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Deve concordar em gênero
e número com a coisa possuída.
Exemplos:
Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares.
Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente.
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